terça-feira, 6 de novembro de 2012

Depois de Paraty, Ilha Grande - 3 dias

Chegar a Ilha Grande exigiu trabalho.
Ônibus, espera, barca, espera...
Quando cheguei ao hostel Biergarten, eu só queria um prato de arroz e feijão e cama. Ainda estava bastante impregnada de São Paulo. Quando encontrei uma lanchonete que servia capuccino, fiquei eufórica.
Passei o dia pesquisando passeios para o dia seguinte e fotografando a Vila de Abrão.
Meu quarto estava lotado de alemães que me cumprimentavam em espanhol.
Eu me senti inibida.

No dia seguinte, fiz um passeio chamado Meia Volta na Ilha. O mar estava agitado e era impossível realizar a volta inteira.
Na lancha, muita gente animada de Sampa, na maioria casais e uma moça solteira do Rio. 
À noite, os alemãos começaram a conversar comigo. Jantamos juntos e fomos para a festa do hostel Aquarius.
Conheci um grupo de espanhóis lá. Juntamos os grupos, bebemos caipirinhas, dançamos até as 5h da manhã.
No dia seguinte, acordei meio-dia, perdi os passeios e fiquei me recuperando da ressaca na vila. Foi um desperdício de sol e mar, eu sei! 
Isso explica eu não ter bebido mais no decorrer da viagem(não dessa forma!).

No dia seguinte, depois de me atrasar para pegar o barco e ter de correr atrás dele de táxi boat, eu pegava o rumo para Arraial do Cabo!

O Primeiro Dia

Todo começo é difícil.
E começou com caos, porque tudo ficou para a última hora LITERALMENTE.
Fiz as malas após um plantão de 12horas, e 1 hora antes de pegar o metrô para a rodoviária.
Como estava muito sedentária, a mochila de 15 kg parecia ter 50kg.
Depois de 5horas, eu estava em Paraty.
A cidade lotada de fotógrafos. Paraty em Foco, festival de fotografia, movimentando a cidade.
O hostel, Casa do Rio, tinha uma vista linda do rio. O tempo estava fechado, comprei um guarda-chuva.
À noite, fui conferir as exposições fotográficas no centro histórico.
Um grupo de estudantes que estava na mesma fila que eu começou a conversar comigo.
Jantamos juntos, crepe e sorvete de gengibre. Jogamos cartas na pousada, até altas horas.
Me marcou conhecer um grupo de jovens do Mato Grosso, que saíram de lá para viver de arte.
Fiquei somente um dia na cidade.
Já conheço Paraty de outros carnavais!
A essa altura, não tinha mais medo da viagem. Estava ansiosa pelo próximo destino...Ilha Grande!

O começo

Uma viagem começa com um sonho. Com curiosidade. Com uma conversa com alguém que está voltando. 
Vai se materializando aos poucos. Com a compra de guias turísticos. Da mochila. Do tênis.
Vai se tornando real com a aquisição das passagens. Com a reserva dos hostels. Com o traçado do roteiro.
Sim, há medo. Para o medo, coragem. É preciso escolher quais emoções escutar. É preciso saber o que quer.
E o que eu queria era simples: mudar de lugar, de paisagem, de pessoas, de comida, de ares. 
Foi a paixão por essa sensação de movimento que motivou essa viagem.